A vacinação contra o coronavírus, apesar do ritmo lento, está avançando cada vez mais. O Ministério da Saúde (MS) emitiu uma nota técnica, no último dia 26 de abril, incluindo as grávidas e puérperas no grupo prioritário para a vacinação contra a Covid-19. Isso permitiu que muitos estados iniciassem a imunização desse grupo, a exemplo de Pernambuco, onde muitos municípios começaram a vacinar ontem, dia 4 de maio.
O recebimento das mais de 214.450 doses de vacinas (Astrazeneca e Coronavac) permitiu que as gestantes e puérperas começassem a ser vacinadas em municípios como Olinda, Recife e Jaboatão dos Guararapes. A comprovação da gravidez varia de uma cidade para outra, mas de maneira geral, para as mulheres grávidas é válido o cartão da gestante ou um exame laboratorial.
Já para as puérperas serão aceitos o resumo da alta e a certidão de nascimento do bebê. A decisão do Ministério da Saúde de incluí-las nos grupos prioritários está respaldada no aumento do número de mortes. Ademais, a pasta afirma que o aleitamento materno não deve ser interrompido, não existe uma contra-indicação.
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Assim como também deixam claro que as mulheres podem fazer doação de leite, sem problema algum. Um estudo divulgado em março conclui que a vacinação contra o coronavírus em gestantes é segura e os efeitos colaterais são poucos. E mais, os anticorpos foram transferidos da mãe para o filho através da barreira transplacentária e do aleitamento materno. Para isso, fizeram testes com as vacinas Pfizer/Bionetech e Moderna.
Gravidez e coronavírus
Segundo o Observatório Obstétrico Brasileiro Covid-19 (OOBr Covid-19), baseado em dados do Sistema de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe), a média semanal de óbitos de gestantes cresceu em 2021. O aumento foi de 145,4%, quando comparado com a média semanal de 2020.
A proteção contra o coronavírus é de extrema importância para as puérperas, sobretudo para as mulheres no período gravídico. Isso porque, estudos mostram que o vírus é capaz de desencadear doenças gestacionais como hipertensão e pré-eclâmpsia.
Uma revisão de 77 estudos, publicada em setembro de 2020 no British Medical Journal, mostrou que o diagnóstico positivo para a Covid-19 aumenta o risco de 62% de internação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
E ainda, aumenta a probabilidade de intubação e da necessidade de ventilação mecânica em 88%. A meta-análise liderada pela Universidade de Birmingham, no Reino Unido, observou dados de 11 mil grávidas que haviam sido internadas por confirmação ou suspeita da doença.
Fontes:
- Jornal do Commercio: Covid-19: Pernambuco inicia vacinação de pessoas com comorbidades, gestantes e puérperas
- PEBMED: Grávidas e puérperas entram no grupo de prioridade na vacinação contra Covid-19
- BBC News Brasil: Grávidas correm mais risco com a covid-19? O que dizem os cientistas
- G1: Grávidas e vacinas contra a Covid no Brasil: entenda as regras de vacinação