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Publicado em
17/8/22

Aprenda a diferenciar atendimentos de urgência e emergência

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Aprenda a diferenciar atendimentos de urgência e emergência

Usados como sinônimos em ambientes comuns, a urgência e emergência seguem protocolos diferentes de cuidados e prioridade dentro do ambiente hospitalar, principalmente no pronto-socorro

Por isso, é muito importante que todos os profissionais de saúde entendam quais os critérios para uma urgência ou emergência, e como proceder em cada caso.

O que é um atendimento de urgência?

Como o nome sugere, os atendimentos de urgência tem carácter urgente, logo, precisam ser feitos o mais rápido possível.  

No entanto, esses casos normalmente não precisam de intervenção ou cirurgia, não tendo risco de morte imediata ao paciente - mas necessitam ser atendidos rapidamente pelo risco à vida poder aumentar, em caso de demora/não solução.

Alguns exemplos de casos que se enquadram como urgência são:

  • Fraturas não expostas;
  • Asma brônquica em crise;
  • Vômito frequente;
  • Cortes não muito profundos;
  • Retenção urinária em idosos.

O que é um atendimento de emergência?

Atendimentos de emergência são caracterizados pelo maior grau de prioridade - esses casos devem ser vistos de maneira imediata. Além disso, normalmente necessitam de intervenção ou cirurgias uma vez que oferecem risco de vida ao paciente.

Alguns exemplos de casos que se enquadram como emergências são:

Como diferenciar urgência de emergência?

Ao chegar no pronto-socorro, o indivíduo passará por uma triagem onde deverá ser classificado em caso de emergência (com atendimento e intervenção clínica ou cirúrgica imediata) e urgência com atendimento rápido, que deverá seguir a classificação de risco.

Apesar de parecidos, os atendimentos de urgência ou emergência seguem protocolos de atendimento e cuidados diferentes. Foto: Reprodução/Adobe Stock
Apesar de parecidos, os atendimentos de urgência ou emergência seguem protocolos de atendimento e cuidados diferentes. Foto: Reprodução/Adobe Stock

De acordo com o Ministério da Saúde, a classificação de risco deverá ser dividida em:

  • Vermelho (atendimento imediato, com risco de vida; emergência)
  • Amarelo (o paciente pode aguardar cerca de 10 a 30 minutos; urgência);
  • Verde (casos menos graves; pode ser atendido em até 2 horas; pouco urgente);
  • Azul (pode aguardar até 3 horas; não urgente).

Como falado, a principal diferença entre urgência e emergência é que essa última gera risco de vida ao paciente, necessitando de intervenção e atendimento imediato.

Qual protocolo seguir em cada caso?

Urgência 

Na triagem, o protocolo mais usado em casos de urgência é o Protocolo de Manchester. Ele garante a classificação dos pacientes de forma mais adequada, assim recebendo atendimento no tempo mais justo para a gravidade da sua situação. Confira o protocolo:

PROTOCOLO DE MANCHESTER
Classificação Tempo de espera
Emergência (vermelho) Imediato
Muito Urgente (laranja) 10 Minutos
Urgente (amarelo) 50 Minutos
Pouco Urgente (azul) 120 Minutos
Sem Urgência (verde) 240 Minutos
A classificação de risco estabelecido pelo protocolo Manchester é essencial para determinar o tempo de espera do paciente. Fonte: Reprodução/Adaptado/Thawane Maria

Emergência 

O protocolo de atendimento a pacientes de emergência varia muito de acordo com o quadro clínico que ele apresenta e qual especialidade o atenderá. 

A Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal tem um guia com protocolos de atendimento de urgência e emergência com mais de 20 seções entre doenças infecciosas, sistema endócrino, saúde da mulher e sistema cardiovascular.

Para mais, outro bom guia com protocolos de atendimentos é o American Heart Association. Sobre a avaliação do paciente a organização recomenda atenção à: 

  • X: Controle de hemorragias
  • A: Permeabilidade das vias aéreas e estabilização da coluna cervical
  • B: Avaliar a respiração e ventilação
  • C: Circulação
  • D: Avaliação neurológica
  • E: Exposição

Conclusão

Saber diferenciar casos de urgência e emergência é uma qualidade fundamental para garantir o atendimento adequado ao paciente, possibilitando maior chance de recuperação.

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