O câncer de colorretal, também conhecido como câncer de intestino, é o segundo tipo de neoplasia que mais acomete homens e mulheres. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), na divulgação do atlas de mortalidade, em 2019, o câncer de colorretal também correspondia ao terceiro tipo com maior índice de mortalidade.
A alimentação é associada como fator de prevenção e de risco para inúmeras doenças, mas para o tumor de intestino a dieta é essencial. Dito isso, uma revisão guarda-chuva de estudos e metanálises, publicada no JAMA Network Open, no último dia 16, concluiu que alimentos como o iogurte podem ser grandes aliados na prevenção desse tumor maligno.
O que a revisão mostrou?
A revisão confirmou que as orientações já existentes em relação à dieta para prevenir o tipo primário desse câncer foram comprovadas. Isso conforme o líder da pesquisa Dr. Nathorn Chaiyakunapruk, professor de farmacologia na University of Utah College of Pharmacy, nos Estados Unidos. Assim, o risco do tumor de intestino diminui quando a dieta é rica em fibras, cálcio, frutas, vegetais e laticínios com baixo teor de gordura (como por exemplo, leite, iogurte e queijo).
Quando o consumo dos laticínios é elevado, o risco do acometimento pela doença diminui muito mais do que quando o consumo é moderado. A suplementação de cálcio também é imprescindível. Algumas outras formas de alimentação que diminuem a probabilidade de desenvolver esse tipo de câncer estão listadas abaixo:
- Dieta mediterrânea: rica, dentre outras coisas, em leguminosas, frutas, leite e derivados, peixe, vinho e em azeite de oliva;
- Alimentação pescetariana: sementes, oleaginosas, ovo, peixe, grãos e nozes;
- Alimentação semi-vegetariana: o consumo de carne é diminuído, podendo ser feito pelo menos uma vez por mês;
- Alimentos integrais;
- Leite não fermentado.
Fatores de risco
Além desses fatores de prevenção, alguns outros aumentam o risco para o tumor intestinal. Por isso, o consumo elevado de carne vermelha, quando comparado ao consumo moderado, ajuda a desenvolver a doença. Para mais, a ingestão moderada ou excessiva de bebida alcoólica (uma a quatro doses por dia), também eleva as probabilidades, se comparada a ingesta ocasional e a abstenção.
A dieta ocidental (rica em açúcar, alimentos processados e carne vermelha) também é um fator de risco elevado. Assim como se alimentar com carne processada, com comidas processadas. Além disso, essas constatações apoiam as diretrizes e recomendações alimentares para a prevenção do câncer da American Institute for Cancer Research (AICR).
O Instituto afirma que a alimentação tem uma importância fundamental para reduzir a incidência do câncer colorretal. Sendo assim, indica a ingestão de alimentos integrais e com fibras, laticínios e suplementos de cálcio. E ainda, aponta que há uma redução de 17% no risco da neoplasia, com a ingestão de três porções de cereais por dia (90 gramas).
Conclusão
Por fim, uma pesquisa divulgada no JNCI Cancer Spectrum, em maio de 2019, deixou claro que a incidência desse tumor maligno estava diretamente ligada com a forma como os indivíduos se alimentavam. Ela analisou 80.000 casos confirmados de câncer, em 2015, nos Estados Unidos. Desse total, 52.225 casos de neoplasias eram de colorretal e estavam relacionados a uma dieta subótima, com baixa ingestão de frutas, hortaliças, grãos integrais e alto consumo de carne vermelha e carne processada.
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