A residência médica em Dermatologia figura entre as 10 áreas mais concorridas, e para quem vai fazer a prova da SES-PE para esta especialidade, deve saber que também é uma das provas mais concorridas.
Para saber mais detalhes sobre a rotina da residência médica em Dermatologia na UPE, conversamos com o R2, André Negromonte. Os 3 anos desta área médica ocorrem, em sua maioria, no Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC), que faz parte do complexo hospital da Universidade de Pernambuco.
Carga horária e plantão
A carga horária da residência médica em Dermatologia na UPE, de modo geral, respeita as 60 horas semanais. Ela é dividida entre as enfermarias, permanência e ambulatório. Eles possuem também evolução aos finais de semana. Falando especificamente sobre os plantões, eles ocorrem em rodízios que não são da própria especialidade. Sendo assim, no primeiro ano, quando estão na Clínica Médica e na intercorrência da Infectologia, os residentes têm plantão semanal obrigatório.
Vale salientar que, mesmo não havendo plantão em rodízios específicos da residência médica em Dermatologia na UPE, se houver paciente internado é preciso fazer a evolução no final de semana.
Quais os rodízios da residência médica em Dermatologia na UPE?
A residência médica de Dermatologia na UPE possui ambulatórios específicos como: medicina tropical, psoríase, oncologia cutânea e fototerapia. No segundo ano, o residente assume ambulatório próprio no início da tarde com preceptoria diária dos staffs. Dito isso de maneira preliminar, saiba mais detalhes a seguir:
R1
Os 5 primeiros meses do residente do primeiro ano acontecem em rodízios externos a Dermatologia:
- Clínica Médica (2 meses);
- Infectologia (2 meses);
- Reumatologia (1 mês, acontece no Hospital das Clínicas - basicamente ambulatorial);
- 1 mês de férias.
O estágio em Reumatologia é o único que ocorre fora do HUOC - UPE, sendo realizado no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (HC - UFPE). O residente do ano número 1 da residência médica em Dermatologia na UPE não tem tantos atributos práticos, fica mais como espectador, observando como é o funcionamento do serviço e a sua carga horária teórica é maior.
R2
As atribuições do segundo ano da residência médica em Dermatologia da UPE vão muito além de acompanhar os ambulatórios, os futuros profissionais começam a, de fato, colocar ‘a mão na massa’, realizando as seguintes atividades:
- Realização de biópsias e pequenas cirurgias
- Acompanhamento de Mapeamento Corporal e Dermatoscopia
- Ambulatório de Cosmiatria: principalmente a parte de peelings e outros procedimentos em estética, e laser
- Ambulatório de fototerapia
- Acompanhamento da Cirurgia Plástica em cirurgias para a retirada de câncer de pele
R3
No último ano da residência o estudo dos injetáveis, bem como do uso dos lasers é mais aprofundado e começam as práticas. A complexidade das cirurgias também aumenta, o R3 passa a realizar cirurgias estéticas e de retirada do câncer de pele na face. Para mais, também rodam pelo ambulatório de imunobiológicos e têm direito a 1 mês de rodízio opcional.
Atividades teóricas
- Segunda-feira: seminário apresentado pelo R1;
- Terça-feira: seminário de tricologia;
- Quarta-feira: Seminário apresentado pelo R2;
- Quinta-feira: Clube de revista;
- Sexta-feira: sessão iconográfica (análise de imagens para fechar um diagnóstico).
Como foi a escolha pela especialidade?
A Dermatologia era uma das especialidades pensadas por André, já que ele queria fazer alguma especialidade relacionada a Clínica Médica ou que fosse uma especialidade clínica. Ele só passou a ter mais contato, de fato, com a especialidade, ao longo da graduação, através da participação em uma liga acadêmica de Dermatologia. O contato com o dia a dia da profissão despertou a paixão no médico, mas ainda assim ele não tinha plena certeza. A decisão só foi tomada definitivamente no último ano da faculdade de medicina.
Como se preparar para a residência médica em Dermatologia na UPE?
Para o residente do segundo ano de Dermatologia na UPE, o que deu certo na hora de se preparar para a residência médica foi manter o foco na resolução de questões de prova e de simulados. Embora ele se utilizasse também de outros recursos como assistir às aulas e ler os e-books.
“O que realmente faz a diferença é você saber qual a prova quer prestar, já que cada uma delas tem uma vertente e, geralmente, cobra assuntos específicos daquela localidade. Então como eu queria fazer prova aqui na UPE, era esse o meu foco. Mesmo que eu não conseguisse ‘dar conta’ de [assistir] aula ou de ler livro-texto, eu sempre procurava priorizar as questões daquele assunto”, afirmou o médico André Negromonte.
Além disso, durante a preparação para a residência médica, os horários de estudo do R2 não eram os mesmos, pois a sua rotina atribulada não permitia determinar horários específicos, mas ele sempre encaixava o momento de estudo no seu dia. Mesmo que não conseguisse assistir às aulas ou ler os materiais, a resolução de questões sempre acontecia.
Por mais difícil que fosse conciliar a vida pessoal e acadêmica, André buscou um equilíbrio e conseguiu garantir a sua aprovação da residência médica em Dermatologia na UPE.
Dicas para futuros residentes
A principal dica que o futuro dermatologista dá é resolver questões, para ele, esse é o segredo. E para quem tem dificuldade em relação a cronometrar o tempo de prova, fazer simulado é o ideal. Ademais, o médico diz o seguinte: “[é preciso] ver o que funciona para você, já que cada um funciona de um jeito diferente. Tem gente que funciona com flashcard, tem gente que faz resumo manual…”
E continuou: “sempre me diziam, não faça resumo manual que não vai dá tempo, mas eu fazia, dava certo para mim. Mas se eu não tivesse como terminar o resumo, eu procurava resolver questões”. O médico ainda reforça que, por mais que você demore para ser aprovado, se for uma área que realmente queira, é preciso insistir, pois você vai fazer algo que realmente gosta.
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