O profissional em Radiologia e Diagnóstico por Imagem é responsável por realizar os exames de imagem e emitir o laudo diagnóstico. Então, quem cursa a Residência médica em Radiologia não somente será capacitado para realizar o procedimento, como também para interpretar os achados no exame de imagem.
Além disso, ele é treinado para realizar procedimentos que são guiados por imagem, como biópsias e arteriografias por cateter. O que exige que tenha, dentre outras qualidades, controle emocional e seja capaz de tomar decisões corretas rapidamente, pois a demora no diagnóstico pode piorar o quadro clínico do paciente.
A especialidade proporciona uma qualidade de vida, por isso é a escolha de muitos médicos. Isso porque, a maioria dos radiologistas trabalha em horário comercial e conseguem reduzir ou eliminar os plantões, ou até mesmo, trabalhar de casa. Assim, neste texto traremos informações sobre o perfil do residente nesta área, a rotina, as áreas na qual pode atuar e como é o mercado de trabalho.
O que é a Radiologia e Diagnóstico por Imagem?
Esta área da medicina é responsável, como já dito antes, por laudar os exames de imagem, gerando uma descrição dos achados que auxiliam no diagnóstico. Além disso, realizam alguns tipos de exames. A especialidade é imprescindível para o diagnóstico das doenças, e pode apontar, dentre outras coisas, a necessidade da realização de cirurgias, a detecção precoce do câncer e orientar alguns procedimentos através das imagens.
Diante do exposto é possível dividir a Radiologia e Diagnóstico por Imagem em três subáreas:
- Radiologia diagnóstica
- Radiologia intervencionista: os exames de imagens são utilizados para orientar procedimentos cirúrgicos minimamente invasivos
Esta área médica, que antes era chamada somente de Radiologia, passou a ter o acréscimo do Diagnóstico por imagem pois nem todos os exames se utilizam necessariamente da radiação.
Quais as características de um radiologista?
O residente em Radiologia e Diagnóstico por imagem precisa ser ágil, estar atento aos detalhes e pensar rápido, para tomar decisões rápidas e corretas, a fim de evitar possíveis erros. Ainda para não agravar a situação do paciente, deve saber trabalhar sob pressão e ser proativo.
Também é preciso que ele tenha bastante controle emocional, pois lida com diagnósticos difíceis para os pacientes, não podendo se envolver a tal ponto que interfira na orientação. Sendo assim, o bom senso, a paciência, a compreensão e a sensibilidade também são características essenciais para o residente em Radiologia.
O gosto pela tecnologia é um ponto importante, uma vez que os métodos da Radiologia e Diagnóstico por Imagem estão em constante evolução. Dessa maneira, deve ser capaz de se adaptar às evoluções tecnológicas da especialidade, estando sempre em constante aprendizado.
Como é a residência médica em Radiologia e Diagnóstico por Imagem?
A Residência médica em Radiologia e Diagnóstico por Imagem é o período de especialização do médico radiologista. Sendo ela de acesso direto e com duração de três anos. Ela forma profissionais completos para atuarem no mercado de trabalho em diagnóstico por imagem.
Então, durante esta etapa de formação o médico aprende a operar e interpretar os mais diversos mecanismos da especialidade. O dia a dia da residência médica em Radiologia e Diagnóstico por Imagem é essencialmente prático. Sendo assim, o Programa Básico de Residência, elaborado pelo Ministério da Saúde, determina diversos Treinamentos a serem realizados ao longo de três anos.
Rodízios do primeiro ano
- Radiologia geral e contrastada
- Ultrassonografia
- Emergência
- Mamografia
- Tomografia Computadorizada
- Técnicas de exame
- Proteção radiológica e física médica
- Densitometria Óssea
Rodízios do segundo ano
- Radiologia geral e contrastada
- Ultrassonografia
- Emergência
- Mamografia
- Tomografia Computadorizada
- Ressonância Magnética
- Radiologia Intervencionista
Rodízios do terceiro ano
- Radiologia geral e contrastada
- Ultrassonografia
- Emergência
- Mamografia
- Tomografia Computadorizada
- Ressonância Magnética
- Radiologia Intervencionista
Como os residentes também lidam com as diversas especialidades médicas, precisam saber identificar as mais diversas afecções. Por isso, faz parte do conteúdo programático o estudo de doenças relacionadas à Ginecologia e Obstetrícia, ao sistema osteomuscular, aos aparelhos digestório e urinário.
E ainda, aquelas que atingem o sistema nervoso central, as mamas e o aparelho genital feminino e masculino. Isso tudo porque precisam estar bem-preparados para a vida profissional, já que o trabalho do Radiologista, dentre outras coisas, pode identificar precocemente doenças com prognósticos muito ruins se não tratadas no início.
O que estudar para ser um residente em Radiologia e Diagnóstico por Imagem?
Para se tornar um médico residente em Radiologia e Diagnóstico por Imagem é preciso fazer a graduação em medicina, para então fazer a prova de residência médica em uma banca de sua escolha. Para garantir a sua aprovação é preciso se preparar adequadamente, com um estudo direcionado exatamente para os assuntos que caem na sua banca.
A metodologia do Eu Médico Residente te proporciona um estudo direcionado, focado para aquilo que você precisa saber. Com a ajuda da nossa Inteligência Artificial, integrada à nossa plataforma de métricas, é possível saber os assuntos que você domina e aqueles que oferecem mais dificuldades. Com isso, baseada no seu desempenho a nossa IA elabora revisões e simulados personalizados para que você domine todos os conteúdos cobrados na prova.
Além disso, temos um aplicativo, o brainscape, que dá acesso a milhares de flashcards, temos mapas mentais e resumos, contato exclusivos com os professores. E mais, um banco com mais de 37 mil questões comentadas em vídeo e texto, aulas divididas em blocos de cerca de 10 minutos e muito mais.
Como funciona a rotina profissional de Radiologia?
A rotina do Radiologista envolve a realização de ultrassonografias e exames com contraste, a análise de radiografias e a emissão de laudos das tomografias computadorizadas e ressonâncias. Eles também orientam os protocolos de exames, indicam o uso dos meios de contraste e discutem casos e diagnósticos com médicos de outras especialidades.
Mercado de trabalho e salário
O radiologista tem um amplo campo de atuação, podendo trabalhar em hospitais, em clínicas de Radiologia e de Diagnóstico por Imagem. Seja no meio público ou privado.
Inicialmente, trabalham dando plantões em hospitais e fazendo muitas ultrassonografias. Falando nisso, é incomum que os hospitais tenham mais de um radiologista de plantão, então é apenas um profissional que presta assistência à equipe médica. Por isso o horário de descanso é quase inexistente no horário de trabalho.
Por outro lado, o estresse da relação médico-paciente-família é bem menor. O radiologista também pode realizar a telerradiologia, onde elabora laudos radiológicos à distância. Podendo trabalhar de casa. Isso acontece graças aos registros digitais, permitindo manipular as imagens (dando zoom, modificando o balanço de cor) para fazer observações mais bem apuradas.
Esses laudos a distância são emitidos com uma assinatura digital, tornando o procedimento seguro e confiável.
O radiologista pode ser um empresário, abrindo o próprio negócio ou tornando-se sócio de alguma clínica. Sendo assim, os profissionais que entendem dos custos de aparelhos e insumos e de gestão e aqueles que entendem o funcionamento dos sistemas modernos de processamento das imagens podem ter uma vantagem no mercado de trabalho.
Quanto ganha um Radiologista?
No Brasil, o Médico Radiologista ganha em média R$ 7.055,56 por uma jornada de trabalho de 25 horas semanais. Com um teto salarial de R$ 17.228,17. Vale lembrar também que o salário do especialista depende também das suas experiências e habilidades profissionais. O perfil da profissão é masculino, com a média de idade de 46 anos. A maioria dos radiologistas estão concentrados na região sudeste, com destaque para as capitais.
Quais as áreas de atuação para um Radiologista?
Existem duas grandes áreas de atuação na Radiologia: o diagnóstico por imagem e a radiologia intervencionista. Cada uma delas com as suas respectivas subespecialidades, que podem ser vistas a seguir:
- Neurorradiologia
- Medicina interna
- Radiologia torácica
- Radiologia músculo-esquelética
Já quando falamos da Radiologia Intervencionista, temos subdivisões como vascular, oncológica e neurovascular. Isso porque essa área utiliza os métodos de imagem para orientar procedimentos, como para localizar um tumor, por exemplo.
Ademais, em algumas outras situações as duas áreas de atuação se confundem, a exemplo da Radiologia Mamária. O médico pode realizar e emitir laudos de ultrassonografias mamárias e mamografias, ao mesmo tempo em que pode realizar biópsias e outros procedimentos mamários.
Leia mais:
- Osteomielite: analisando exames de imagem
- ITU pediátrica: saiba quando solicitar exame de imagem
- Aprenda a diferença entre a hemorragia extradural e subdural
- Medicina da Família e Comunidade: residência médica e mercado de trabalho
- Oftalmologia: como é, residência médica, rotina e mercado de trabalho