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Publicado em
3/7/24

Confira as especialidades de acesso direto com o menor número de médicos

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Confira as especialidades de acesso direto com o menor número de médicos

Ao se formar na faculdade, o médico pode escolher entre 31 especialidades de acesso direto para fazer sua residência médica. Com tantas opções, é comum que o profissional fique indeciso na hora de escolher. Por isso, no post de hoje, iremos mostrar quais são as 10 especialidades com menor número de médicos. A lista considera apenas residências médicas de acesso direto e utilizou dados do número de profissionais da pesquisa Demografia Médica 2023, feita pela USP em parceria com a Associação Médica Brasileira.

Quais as especialidades com o menor número de médicos?

Especialidade Número de profissionais Percentual em relação ao total de médicos especialistas
Genética Médica 407 0,1
Medicina de Emergência 779 0,2
Radioterapia 1.014 0,2
Medicina Física e Reabilitação 1.016 0,2
Medicina Nuclear 1.105 0,2
Medicina Esportiva 1.291 0,3
Patologia Clínica/ Medicina
Laboratorial
1.578 0,3
Medicina Preventiva e Social 1.962 0,4
Medicina Legal e Perícia Médica 2.292 0,5
Cirurgia Cardiovascular 2.557 0,5

10º - Cirurgia Cardiovascular

A Cirurgia Cardiovascular é a 10ª especialidade de acesso direto com menor número de profissionais. A área é responsável por tratar cirurgicamente doenças do coração e dos vasos da base e por isso tem um leque muito amplo de pacientes, podendo atender desde recém nascidos a idosos. Atualmente, para se tornar um Cirurgião Cardiovascular é necessário a residência médica na área, que tem duração de cinco anos.

9º - Medicina Legal e Perícia Médica

Com 2.292 especialistas no país todo, a Medicina Legal e Perícia Médica é o 9º lugar na lista. O médico desta área não possui pacientes e sim periciados, que precisam de um laudo médico constando seu estado de saúde ou causa da morte, por exemplo. Aqui, a medicina se intersecciona com o direito e o profissional emite laudos para ajudar  em uma decisão judicial. A residência em Medicina Legal tem duração de três anos.

O médico perito é responsável por emitir laudos e pericías médicas. Foto: Reprodução/Shutterstock
O médico perito é responsável por emitir laudos e pericías médicas. Foto: Reprodução/Shutterstock

8º - Medicina Preventiva e Social

Apesar de ser uma das cinco áreas básicas da medicina e por isso ter que ser estudada por todos os médicos desde a faculdade, a Medicina Preventiva e Social possui poucos profissionais, com um total de apenas 1.962. O médico sanitarista, como é chamado esse especialista, estuda e pensa medidas para prevenir doenças a nível individual e coletivo.

Dessa forma, é muito comum que sanitaristas atuem em cargos de gestão pensando, por exemplo, estratégias para diminuir os riscos de infecções hospitalares. Esse profissional costuma ter uma rotina mais tranquila que outros especialistas, e não dar plantões ou trabalhar aos fins de semana. Para se tornar um médico sanitarista é necessário passar pela sua residência médica que possui duração de dois anos.

7º - Patologia Clínica/Medicina Laboratorial 

Assim como na Medicina Legal na Patologia Clínica ou Medicina Laboratorial os profissionais também não possuem pacientes. Como o nome ajuda a indicar aqui o ambiente do trabalho é, em sua maioria, o laboratório. Esse especialista estuda amostras químicas como urina, por exemplo, para traçar um diagnóstico junto do clínico. Outra área de trabalho aqui é a pesquisa acadêmica. Sua residência médica tem duração de três anos e atualmente existem apenas 1578 patologistas clínicas no Brasil.

6º - Medicina Esportiva

Sexta colocada na lista, a Medicina Esportiva é uma especialidade recente da medicina que se dedica ao acompanhamento das práticas esportivas. Dessa forma, esse profissional pode ajudar o paciente a escolher qual atividade física é mais adequada para si, tratar e prevenir lesões e receitar suplementos para um melhor desempenho. Por isso, esse profissional tem um trabalho próximo de nutricionistas, personal trainers e fisioterapeutas. Atualmente existem 1.291 médicos do esporte no Brasil e sua residência médica tem duração de três anos. 

5º - Medicina Nuclear

Pouco conhecida, a Medicina Nuclear utiliza de compostos radioativos para tratar e diagnosticar doenças, principalmente oncológicos. Ao contrário da Radiologia, aqui o especialista não utiliza aparelhos que utilizam de radiação e sim de fármacos que são ingeridos. Dessa forma, o especialista consegue uma análise melhor dos tecidos humanos e pode detectar enfermidades em estágios muito precoces. 

Esse especialista atende desde o público pediátrico ao idoso pois os fármacos usados contém doses muito baixas de radiação e são completamente seguros para administração. A Medicina Nuclear possui 1.105 especialistas e é a quinta especialidade médica de acesso direto com menos profissionais no país. Sua residência médica possui duração de três anos.

4º - Medicina Física e Reabilitação

A Medicina Física e Reabilitação, ou Fisiatria como também é chamada, é a especialidade médica responsável por tratar e diagnosticar de forma não cirúrgica patologias que prejudiquem a função do movimento. Dessa forma, esse especialista utiliza de diversas técnicas para que pacientes com dor crônica, artrose e fibromialgia, por exemplo, tenham melhora em sua qualidade de vida. 

Por isso, esse especialista pode atender o público de todas as faixas etárias, mas costuma ter um enfoque maior na população idosa.  Quarta especialidade médica de acesso direto com menos profissionais, a residência médica em Fisiatria tem duração de três anos.

3º - Radioterapia

Com apenas 1.014 profissionais pelo país, a Radioterapia é a 3º especialidade com menor número de médicos. Essa área é responsável pelo tratamento de pacientes com neoplasias benignas e malignas através do uso de radiação ionizante. Assim, a maioria dos casos estão relacionados a câncer e por isso ela também é chamada de radio-oncologia.

A residência médica em Radioterapia tem duração de três anos e, assim como a rotina desse profissional, não costuma haver presença de plantões.

2º - Medicina de Emergência

A Medicina de Emergência é a área responsável por dar os primeiros socorros e fazer a estabilização de pacientes que se encontram na emergência médica, para que eles possam ser transferidos para o cuidado especializado de acordo com o seu caso. Essa especialidade é marcada pela rotina intensa. Além disso, seu perfil de paciente é extremamente amplo podendo atender pacientes de todas as idades (porém o atendimento de criança é priorizado para o emergencista pediátrico) e com enfermidades de diversas áreas da medicina.

Nessa especialidade o ambiente do trabalho do médico é hospitais com praticamente nenhuma possibilidade de atuar em clínicas. Além disso, pelo caráter do seu trabalhar aqui o profissional não costuma acompanhar os pacientes, sendo responsável apenas pela sua estabilização e encaminhamento. A residência em Medicina de Emergência surgiu formalmente no Brasil em 2016 e desde então formou 779 emergencistas, sendo a 2º especialidade com número de profissionais.

1º - Genética Médica

Em primeiro lugar temos a Genética Médica, que reúne apenas 407 especialistas em todo o país. Como o nome sugere, essa área da medicina é responsável por diagnosticar, prevenir e realizar o tratamento de doenças genéticas. Essa especialidade é bastante ampla e seu profissional pode estudar aspectos das doenças humanas, atuando principalmente em laboratório, como também ter sua própria clínica onde oferece diagnóstico e tratamento de doenças genéticas. A residência médica em Genética Médica tem duração de três anos.

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