A Residência médica é o período que corresponde à especialização do médico em uma área de atuação após a faculdade; ou seja, é uma modalidade específica de pós-graduação destinada a médicos. Em termos gerais é uma pós-graduação como qualquer outra, mas, ao mesmo tempo, não é.
Principalmente graças a um detalhe importante: o número de horas nela compreendidas. Como o seu nome já diz, a residência médica praticamente requer que o médico resida no hospital. A carga horária varia entre as especializações, mas o mais comum é que vá de 60 até 80-90 horas por semana no hospital.
Algumas especialidades, como por exemplo a Cirurgia Geral e a Ortopedia e Traumatologia, podem ultrapassar essa carga na prática – mesmo que, de acordo com o que diz a lei da residência, não devessem.
A residência médica, quando cumprida integralmente e credenciada pela CNRM (Comissão Nacional de Residência Médica – apenas os programas credenciados por este órgão nacional, criado e regulamentado pelo MEC, possuem o título oficial de “residência médica”), confere ao médico residente o título de especialista em sua área de escolha.
Há outras modalidades de especialização dentro da medicina mas, em todo o mundo, a residência é tida como a modalidade padrão-ouro. No Brasil, em 2021, 41.853 médicos cursavam a residência médica, se dividindo entre os 4.950 programas oferecidos pelas 789 instituições credenciadas pela CNRM.
Qual a importância de fazer a residência médica?
Como já dito, a residência médica é tida como a modalidade padrão-ouro de especialização para o médico. Um profissional que se especializou através dela possui o elemento mais importante para o médico de todas as áreas: a prática.
Os anos completamente dedicados, imersos dentro de uma área, refletem em suas habilidades e, por consequência, em seu capital profissional. Um médico especialista, além de ser mais qualificado e poder escolher como e com o quê quer trabalhar, na grande maioria dos casos possui melhores salários e melhores horários de trabalho do que um médico generalista.
Como é a prova de residência médica?
Na maioria das instituições, a prova é constituída por três fases (prova objetiva, prática e análise e arguição curricular). Naqueles processos seletivos constituídos por duas fases, a segunda fase costuma ser a análise e arguição curricular. Confira a seguir:
Primeira Fase
A primeira é a teórica. Esta é a parte da prova que possui maior peso na nota final. É constituída por questões objetivas, abrangendo as cinco grandes áreas da medicina: Clínica Médica, Ginecologia e Obstetrícia, Cirurgia Geral, Pediatria, Medicina Preventiva e Social. Esta fase é a que exige maior preparação, pois você estará respondendo perguntas a respeito de uma miríade de assuntos.
Assista aulas, leia livros e, principalmente, resolva provas anteriores dos lugares onde você almeja ser aprovado. O banco de questões dos cursos preparatórios para a residência médica do Eu Médico Residente com mais de 37 mil questões comentadas em texto e vídeo vai te permitir entender os pormenores dos assuntos e como eles são cobrados na prova.
Assim como as nossas aulas, divididas em blocos de aproximadamente 10 minutos e a nossa Inteligência Artificial, integrada à plataforma de métricas EMR, que mostra o seu desempenho, e a partir disso elabora simulados e revisões personalizadas. O Eu Médico Residente possui esse e muitos outros recursos para te ajudar a ser aprovado no programa de residência médica que você tanto deseja.
Segunda Fase
A segunda é a prova prática. Nem todas as instituições que oferecem residência médica exigem prova prática, mas, normalmente, as mais concorridas sim. Você será confrontado com um (ou mais) caso(s) clínico(s) e avaliado pelos examinadores durante sua resolução. Manter a calma e ser claro em suas explicações é imprescindível. Um exemplo de banca que possui a terceira fase é a prova da USP-RP. Ela conta com 5 estações, onde são avaliadas a conduta do médico diante das situações e o seu conhecimento técnico.
Terceira Fase
A terceira é a entrevista e análise de currículo. Uma banca examinadora avaliará suas atividades acadêmicas e profissionais, tais como publicação de artigos científicos, experiência em campo, estágios extracurriculares etc. Durante a entrevista você poderá ser questionado a respeito de seus interesses, ambições e motivação. É a parte mais subjetiva da prova. Assertividade e boa comunicação são boas aliadas, além de, claro, um bom currículo.
Quais as especialidades mais procuradas para 2024?
Normalmente, as especialidades mais procuradas para o R1 contêm as grandes áreas todos os anos: Clínica Médica, Pediatria, Ginecologia e Obstetrícia e Cirurgia Geral (a única que fica de fora é a Medicina Preventiva e Social).
As áreas de acesso direto – ou seja, que não tem como pré-requisito residência em uma das grandes citadas acima – mais procuradas são Anestesiologia, Ortopedia e Traumatologia, Radiologia e Diagnóstico Por Imagem, Medicina da Família e Comunidade, Cardiologia, Dermatologia e Psiquiatria.
Como escolher o melhor curso preparatório residência médica em 2024?
Após decidir-se por uma área, avalie cuidadosamente quais instituições oferecem uma boa residência nela. Então, escolha qual modalidade de curso preparatório para a residência médica se encaixa melhor com as suas necessidades como aluno da faculdade de medicina ou médico já formado.
Dependendo das instituições que escolher, pode ser que haja cursos específicos voltados apenas para elas – focando especialmente em suas provas e usando questões de suas bancas. É o nosso caso. Aqui no Eu Médico Residente oferecemos cursos extensivos regionais para os estados da Bahia, Pernambuco, São Paulo, Minas Gerais, Ceará e Paraíba.
Nossas aulas são objetivas, bem como o conteúdo das apostilas, e o foco principal é a resolução de provas. Focamos num processo que gera resultados práticos para o aluno. Também temos o extensivo bases, voltado para quem ainda está no internato e quer se tornar um doutorando exemplar, mas que também está pensando na residência médica.
Dúvidas frequentes sobre a residência médica
A residência médica é obrigatória?
Não. Conforme conversamos acima, ela é desejável por uma série de fatores, mas o médico pode atuar com uma especialização realizada através de outros meios – ou até mesmo sem especialização.
Quantos anos a residência médica tem no Brasil?
Depende da área. A residência pode variar de um mínimo de 2 anos – duração da Clínica Médica e da Cirurgia Geral, por exemplo – até 5 ou mais, caso o médico decida fazer um fellowship, ou seja, uma sub-especialização.
Quanto é o salário de um médico residente?
O residente recebe uma bolsa de R$ 4.106,09 mensais do governo, valor em vigor desde o dia 1º de janeiro de 2022.
Conclusão
A residência médica é um dos melhores investimentos – senão o melhor – que você pode fazer durante a sua carreira como médico.
Portanto, é de extrema importância que você estude o assunto com muito cuidado: desde qual área escolherá, passando por como e quando pretende se preparar para as provas, até qual instituição escolher, qual delas pode oferecer as melhores ferramentas para que você se torne o profissional que sempre sonhou ser.
Uma vez decidido, é foco total no estudo. Ser aprovado na residência não é uma tarefa fácil, uma vez que não há vagas suficientes no país para todos os formados – e a cada ano que se passa, a concorrência vem aumentando. Organize-se, dedique-se e jamais perca o foco no seu propósito.
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