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Publicado em
1/4/23

Oncologia: o que é, residência médica e mercado de trabalho

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Oncologia: o que é, residência médica e mercado de trabalho

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), até 2025, o Brasil atingirá cerca de 704 mil casos novos de câncer. Atualmente com diagnósticos precoces e progressos em diversos tratamentos, a área da Oncologia tem tido crescimento notável

Sabendo disso, vamos nos aprofundar no conceito de Oncologia, na rotina da residência médica, no amplo mercado de trabalho e áreas de atuação que um profissional  dedicado à especialidade pode atuar. Continue sua leitura e confira! 

O que é Oncologia?

A Oncologia é dedicada a garantir a qualidade de vida dos pacientes com câncer. Foto: Reprodução/Envato
A Oncologia é dedicada a garantir a qualidade de vida dos pacientes com câncer. Foto: Reprodução/Envato

A Oncologia é a área responsável pela dedicação aos pacientes com câncer e/ou tumores. A especialidade também é conhecida como cancerologia ou cancrologia, e é voltada para o  estudo do desenvolvimento de diferentes cânceres. Além de estudar como o câncer se desenvolve, também determina quais são os melhores tratamentos a fim de garantir o máximo de bem estar e de qualidade de vida aos pacientes durante o período desse processo tão complexo.

Quais as características de um oncologista? 

O perfil do profissional de Oncologia possui particularidades bem específicas, visto que a  carga emocional e os diferentes cenários muitas vezes até desesperançosos são rotineiros na carreira do especialista. Veja a seguir algumas das principais características de um oncologista:

Empático

Se tratando de diagnósticos e tratamentos relacionados ao câncer, são diversas situações em que o estado emocional dos pacientes estará extremamente abalado. Por isso, um especialista em Oncologia precisa muitas vezes ser empático.

Se colocar no lugar do paciente que está vivendo um processo tão doloroso sentimentalmente, é essencial. Além é claro de dar o suporte necessário para a família, que consequentemente sofre junto.

Emocionalmente equilibrado

Com tantas situações de abalo emocional em torno do especialista em Oncologia, é necessário que o profissional seja emocionalmente equilibrado para lidar com momentos difíceis e até mesmo de perdas durante o tratamento. Comunicar o diagnóstico de um câncer não é uma tarefa fácil, tanto para o oncologista e principalmente para o paciente que recebe a notícia. A informação deve ser passada, mesmo que difícil, de forma esperançosa.

Condolente

É claro que não tem como o especialista em Oncologia dizer ao paciente que aquela situação não é ruim, e, ser condolente nessas horas também é uma maneira de acolher o sentimento de quem está sofrendo. Demonstrar compaixão pelo sofrimento do paciente e o da sua família ou até mesmo em momentos de perdas, com o tempo acaba sendo algo recorrente e natural na rotina de Oncologia. 

Como é a rotina de um oncologista? 

O oncologista possui uma rotina de proximidade com pacientes de diferentes faixas etárias e de certa forma acompanha todas as etapas que fazem parte do processo da especialidade, que vão desde o  diagnóstico até o tratamento do câncer.

Com isso, já dá para imaginar a carga emocional que o profissional tem de lidar, tanto em relação ao paciente e sua família, quanto a sua própria. Por outro lado, o oncologista também faz parte do processo de cura de muitos de seus pacientes, algo extremamente precioso e marcante na profissão.

Na rotina diária, realiza exames laboratoriais e clínicos e a partir deles conclui diagnósticos para então prescrever o melhor tratamento. Após esse processo inicial, o médico oncologista fica responsável por acompanhar o progresso e possíveis melhorias.

Como é a residência médica em Oncologia?

Faz parte da residência médica em Oncologia avaliar exames para definir diagnósticos e indicar tratamentos. Foto: Reprodução/Envato
Faz parte da residência médica em Oncologia avaliar exames para definir diagnósticos e indicar tratamentos. Foto: Reprodução/Envato

Inicialmente, para adentrar na residência médica em Oncologia que tem duração de três anos, é necessário ter completado o pré-requisito de dois anos de residência em Clínica Médica. Vale lembrar que a residência médica em Oncologia está entre uma das mais concorridas e é uma das que mais crescem no Brasil. 

Para salientar as principais atividades e atribuições durante os anos da residência em Oncologia, a seguir confira algumas das mais importantes competências que devem ser adquiridas ao término de cada ano do programa que geralmente tem os ambulatórios como cenário:

R1

Ao final do primeiro ano da residência médica em Oncologia o profissional deverá estar apto a realizar exames físicos após a anamnese do paciente, identificar  possíveis diagnósticos para então em seguida solicitar exames complementares.

Também é desejável o domínio dos princípios e etiologias relacionados ao tratamento do câncer, além do conhecimento dos conceitos básicos ligados à fisiopatologia do câncer. Identificar a classificação de risco das afecções também é mais uma competência a ser adquirida no R1 de Oncologia.

R2

O segundo ano da residência em Oncologia trará a aptidão de avaliar as mais relevantes mutações em oncogenes, proteínas de reparo, genes supressores de tumores, terapias biológicas, além dos co-receptores imunológicos. O domínio em interpretar as variantes de significado indeterminado e as modalidades de biópsia e suas indicações também são competências adquiridas até o término do segundo ano da residência médica em Oncologia.

R3

Já no término do último ano da residência, o profissional estará apto a avaliar os conceitos de farmacovigilância e farmacoeconomia, a importância e utilidade de biobancos, implicações da judicialização e ainda as atribuições das diferentes instâncias em pesquisa clínica.

Dominar o tratamento de câncer em pacientes gestantes e com HIV, o tratamento das neoplasias menos prevalentes e hematológicas mais comuns, os princípios da vacinação durante e após o processo, além do conceito de QUALY e ATS, também são algumas das competências adquiridas durante o último ano.

O que estudar para a residência médica em Oncologia?

Outra questão que está entre uma das mais procuradas pelos futuros residentes de Oncologia é a grade de estudos, algo que é primordial para o preparo de quem deseja alcançar a tão sonhada aprovação.

Pensando nisso, vamos listar a seguir alguns dos assuntos que deverão fazer parte dos seus estudos para a prova de residência médica em Oncologia divididos nos seguintes módulos: fundamentos da Oncologia, abordagem multiprofissional ao paciente oncológico, políticas públicas de saúde e oncologia, bioética, entre outros. Confira:

  • O câncer;
  • Magnitude do problema;
  • Ações de controle;
  • Integração das ações de atenção oncológica;
  • Bases moleculares do câncer;
  • Bases da oncologia clínica;
  • Ciclo celular;
  • Imunologia do câncer;
  • Mecanismo de resistência a múltiplas drogas;
  • Mecanismo de escape e imunoterapias;
  • Tumores do tecido ósseo conectivo;
  • Tumores pediátricos;
  • Tumores torácicos;
  • Tumores gastrointestinais;
  • Tumores oculares;
  • Tumores da cabeça e do pescoço;
  •  Câncer da mama;
  •  Radiodiagnóstico e mais;

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Mercado de trabalho e salário

Agora que já vimos o conceito de Oncologia, a rotina do profissional e o que faz parte dos estudos para a residência médica, vale saber um pouco mais sobre o mercado de trabalho e salários. O oncologista tem a possibilidade de atuar em hospitais e clínicas especializados em tratamentos de cânceres, sejam eles públicos ou privados, consultórios médicos, além do setor de pesquisa para estudos de novos tratamentos.

O salário desse profissional, segundo o site Salario.com.br, pode chegar até R$24.118,18 com média de R$11.095,04 para uma carga horária de 22 horas semanais de trabalho. O salário por hora varia de R$96,84 até R$216,43.

Conclusão

A residência médica em Oncologia é repleta de desafios emocionais e para lidar com alguns momentos, a faculdade não te ensina e o lado humano falará mais alto. Por outro lado, dependendo da evolução do tratamento de um paciente oncológico, a satisfação em acompanhar todo o processo de cura é marcante para a profissão.

Com as evoluções de pesquisas e estudos para novos tratamentos e medicamentos relacionados a cânceres, o mercado de trabalho para profissionais da Oncologia vem crescendo significativamente. 

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