Ter o conhecimento sobre os assuntos que mais caem na prova de residência médica de escolha é imprescindível para quem deseja ter um bom desempenho e quer garantir a aprovação na residência médica. Por isso, aqui vamos te dizer quais os 10 conteúdos mais cobrados no edital de residência médica SUS-SP de acesso direto e falar sobre 5 deles, os quais temos textos com todos os detalhes no blog Eu Médico Residente. Confira a seguir.
Os 10 assuntos que mais caem na prova de residência médica SUS-SP
Abdome agudo
Existem vários tipos de abdome agudo: inflamatório, obstrutivo, vascular, perfurativo e hemorrágico. Falando especificamente do primeiro, o abdome agudo inflamatório, ele é ocasionado uma inflamação ou infecção de alguma das estruturas intra-abdominais. Os casos podem ser ou não cirúrgicos, e geram sintomas como dor abdominal localizada com intensidade súbita, sensibilidade ao toque, náuseas e vômitos. Constipação e diarreia são alguns dos sinais sugestivos de. Este tipo de abdome agudo pode ser causado por apendicite, colecistite aguda, pancreatite aguda e diverticulite.
Já o outro tipo, o abdome agudo obstrutivo, pode ter causas mecânicas como as hérnias de parede abdominal, tumores ou estenoses benignas; ou causas funcionais: quadro infecciosos, doenças primárias do peritônio ou ainda o pós-operatório de cirurgia abdominal. Além disso, ele pode ser classificado pela sua altura, etiologia, e gravidade e prognóstico. O abdome agudo obstrutivo também é dividido em 4 tipos: obstrução simples, mecânica, funcional e em alça fechada. Os sinais e sintomas variam de acordo com a altura da obstrução, sendo ela alta, média ou baixa.
Infecções sexualmente transmissíveis
As infecções sexualmente transmissíveis são muitas, dentre elas estão: gonorreia, tricomoníase, sífilis, HPV, e hepatite B e C. A gonorreia é causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae, sendo ela responsável por causar a secreção amarela-esverdeada, de odor fétido. Sintomas como a uretrite e cervicite também podem ser observados. A tricomoníase é um tipo de vulvovaginite sexualmente transmissível, sendo causada por um protozoário, o Trichomonas vaginalis. Em mulheres, libera secreção de odor fétido, de cor branca ou amarela. Em homens, a secreção mucopurulenta ou epididimite, e a uretrite são alguns dos possíveis sintomas.
Já a sífilis é transmitida por bactéria, a Treponema pallidum. A sua primeira fase de progressão é o cancro duro, ferida, geralmente única, que aparece entre 10 e 90 dias após o contágio. Após a cicatrização da ferida, entre 6 semanas e 6 meses, inicia-se a sífilis secundária, onde aparecem manchas pelo corpo. Após esse período, a doença entra na fase latente, podendo ainda evoluir para a terceira e última fase, acometendo o sistema cardiovascular e neurológico, por exemplo. Quanto ao HPV, o papilomavírus humano, ele infecta pele ou mucosas, provocando verrugas anogenitais, que podem ser únicas ou múltiplas e têm tamanho variável.
Na infecção pelo vírus da hepatite B e C, é possível que resulte num quadro de cirrose hepática e de hepatocarcinoma. Na maioria dos casos a infecção é aguda, mas pode evoluir para um quadro crônico.
Doenças exantemáticas
As doenças exantemáticas são responsáveis por causar um quadro de exantema, sendo mais comuns em crianças. Dentre elas estão: o sarampo, a rubéola, a roséola infantil, a varicela (catapora), a escarlatina, a doença de Kawasaki e as arboviroses. O sarampo é uma doença de alta transmissibilidade, transmitida na forma de aerossol, causada pelo RNA vírus do gênero Morbilivirus. Ela se dá em três fases: pródomos, fase exantemática e fase de remissão. A sua prevenção ocorre por meio das vacinas tríplice ou tetra viral.
A rubéola é transmitida por meio das gotículas de um indivíduo infectado pelo vírus da família Togaviridae, do gênero Rubivirus. A doença pode ser assintomática, ou gerar sintomas como: febrícula, astenia, adenopatia retroauricular, cervical e occipital. Assim como a rubéola, a roséola infantil também é transmitida pelas gotículas, tendo como agente etiológico o herpes vírus do tipo 6 e 7. Febre, irritabilidade e adenomegalia cervical fazem parte da sintomatologia da doença.
A catapora é transmitida pelo vírus da varicela-zóster, disseminado por aerossol. A febre, astenia e anorexia fazem parte do quadro clínico. Já na escarlatina o quadro clínico é composto por febre alta, dor abdominal e vômitos. Esse tipo de doença exantemática tem como agente causador a bactéria estreptococo beta-hemolítico do grupo A (S. pyogenes).
A doença de Kawasaki não é infecciosa, e é mais comum em crianças de 1 a 4 anos, podendo causar: Conjuntivite bilateral não purulenta; Exantema escarlatiniforme e Morbiliforme ou polimórfico. As arboviroses como a dengue, a zika e a chikungunya, também são consideradas doenças exantemáticas.
Níveis de prevenção à saúde
Os níveis de prevenção à saúde são divididos em 4: o primário, que tem como objetivo evitar o surgimento de doenças, lesões ou problemas de saúde na população, promovendo o bem-estar. Já a prevenção secundária lida com estágios iniciais de doenças, fazendo a detecção precoce, para que o tratamento seja iniciado o mais rápido possível. Na prevenção terciária o objetivo é mitigar as perdas funcionais e outros danos em portadores de doenças crônicas ou agudas. Identificar e prevenir iatrogenia e sobre tratamento, enfatizando a boa prática médica é o foco da prevenção quaternária, regida pela medicina baseada em evidência.
Diabetes
No mundo, estima-se que 1 em cada 11 adultos têm diabetes mellitus. Ela possui dois tipos, sendo a diabetes tipo 2 a mais prevalente. A sua causa é multifatorial e os pacientes geralmente apresentam sobrepeso/obesidade e resistência à insulina, incluindo a acantose nigricans. Já aqueles com diabetes tipo 1 geralmente apresentam poliúria, polidipsia e perda de peso. Para o diagnóstico é preciso duas alterações em um mesmo teste ou em um teste diferente:
- Um nível de HbA1c de 6,5% ou superior;
- Um nível de glicose plasmática em jejum de 126 mg/dL ou superior;
- Um nível de glicose plasmática de 2 horas de 200 mg/dL ou superior durante um TOTG de 75 g
A diabetes pode gerar danos microvasculares, causando complicações crônicas como: retinopatia diabética, nefropatia e neuropatia.
Processo seletivo de residência médica SUS-SP
O SUS-SP é um dos poucos processos seletivos de residência médica que possuem apenas 1 fase. Para quem opta pelo acesso direto, a prova objetiva, de caráter eliminatório e classificatório, possui 100 questões de múltipla escolha e tem 4 horas de duração. Já para quem vai fazer alguma especialidade com pré-requisito o número de questões cai pela metade, são 50 questões, e elas versam sobre o pré-requisito escolhido. A prova possui 3 horas de duração.
Ao ser aprovado, na escolha de vagas, o processo seletivo tem uma espécie de leilão. Através dele quem tira a maior nota opta primeiro pela instituição onde quer realizar o programa de residência médica. Mais detalhes sobre esta prova é possível conferir no texto sobre o edital da residência médica SUS-SP.
Como ser aprovado na prova de residência médica do SUS-SP?
Chegada a reta final de preparação para a prova de residência médica, a forma de estudar deve se adaptar a essa nova fase. A hora agora é de revisar e se dedicar bastante a resolução de questões. Por isso, o Eu Médico Residente iniciou a pré-venda das revisões R1 e revisões R+ em Clínica Médica 2024.
Nas revisões, a duração das aulas gira em torno de 20 a 25 minutos, são disponibilizados simulados semanais (100 questões) ao término de cada semana de aula e vídeos explicando as estatísticas das bancas, dizendo o que cai e como cai, mostrando ao aluno o direcionamento que ele deve ter.
As aulas são disponibilizadas numa plataforma de métricas capaz de mostrar o seu desempenho nos estudos, apontando os seus pontos fortes e fracos. Além disso, é possível ter acesso ao nosso banco de questões com mais de 50 mil questões comentadas em texto e vídeo, aos mapas mentais e flashcards. E muito mais!
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