A avaliação curricular para residência médica é uma etapa tão importante quanto a prova objetiva.
Ela faz parte da segunda etapa das provas de residência e pode ser considerada o diferencial para a sua tão sonhada aprovação.
Confira a seguir como funciona esta análise e quais atividades são analisadas pela banca.
Como funciona a análise curricular?
A análise curricular é uma parte essencial para quem deseja fazer a prova de residência médica.
Seja para as especialidades com acesso direto ou com pré-requisito, a sua construção começa ainda durante a graduação.
Esta segunda etapa não pode ser negligenciada, pois impacta diretamente na sua nota final, e, consequentemente, na sua aprovação.
As provas de residência médica, de maneira geral, adotam a avaliação curricular como a segunda fase do processo seletivo, valendo 10% da nota final, logo após a prova objetiva.
Isso porque, algumas das bancas possuem apenas a primeira fase ou a segunda fase contabiliza apenas a sua nota de desempenho durante a graduação, o seu histórico escolar.
Os candidatos preenchem um documento - disponibilizado como anexo no edital - com todas as atividades realizadas e envia também as cópias dos documentos que comprovam a realização delas.
Em geral, o prazo para envio fica disponibilizado no cronograma da prova, e os arquivos devem ter um tamanho e formato específicos, que devem ser seguidos à risca, para que o futuro residente não seja desclassificado da seleção.
A pontuação varia conforme a banca, mas o que deve ser pontuado na avaliação curricular para a prova de residência segue um padrão. Falemos mais sobre isso a seguir.
"O que precisa ter no seu currículo para Residência Médica? "
Existe uma gama de atividades que podem e devem constar no seu currículo. Existem algumas delas que são específicas para especialidades com pré-requisito, mas neste texto trataremos apenas daquelas mais comuns às áreas médicas. Confira:
- Monitoria
- Iniciação científica ou iniciação em projetos de pesquisa
- Publicação e apresentação de artigos científicos
- Projetos de extensão e ou pet saúde
- Trabalhos apresentados em eventos científicos
- ligas acadêmicas
- Proficiência em língua estrangeira
- Participação em congressos e afins
- Capítulos de livro como autor ou coautor
- Apresentação de pôster
- Trabalho voluntário
- Representação estudantil (participação em centro ou diretório acadêmico, representante de turma etc)
- Estágio curricular (internato)
- Publicação de trabalho científicos
- Atividades culturais (música, dança, fotografia etc)
- Cursos de atualização, especialização ou aperfeiçoamento
O que pesa mais?
A pontuação para cada atividade vai depender da banca em questão, então é importante buscar escolher o quanto antes a sua especialidade e a (s) banca (s) pela (s) qual (is) você tem interesse.
E ainda, é imprescindível ler o edital, para ficar por dentro de todos os detalhes e já ir se preparando durante a própria formação médica.
Para mais, a pontuação determinada nos certames é bem balanceada, então não é possível afirmar o que pesa mais.
No entanto, levando em conta que a montagem do currículo começa durante a faculdade de medicina, algumas atividades merecem uma atenção especial como a participação em ligas acadêmicas, projetos de extensão, iniciação científica e monitoria.
Além disso, a produção e apresentação de trabalhos científicos como os artigos e a participação em congressos e afins também são elementos básicos para ganhar muitos pontos na avaliação curricular para a prova de residência.
Tomando como exemplo o ENARE temos as seguintes pontuações:
- Programa ou projeto de extensão:
- Carga horária mínima: 30 horas
- Pontuação mínima: 2 pontos
- Pontuação máxima: 6 pontos
- Participação em Ligas Acadêmicas:
- Carga horária mínima: ≥ 12 meses
- Pontuação mínima: 1 ponto
- Pontuação máxima: 2 pontos
- Participação em congresso, jornadas e simpósios:
- Pontuação mínima: 1 ponto
- Pontuação máxima: 3 pontos
Monte seu currículo ainda na graduação
Construir o currículo ainda na graduação é imprescindível para avaliação curricular para a prova de residência.
Isso porque, as atividades acadêmicas realizadas ao longo da faculdade contabilizam pontos para que você possa ser aprovado na sua especialidade.
Sem isso, em muitas das bancas espalhadas pelo Brasil será quase impossível ser aprovado na residência médica, mesmo que a nota da primeira fase seja excelente.
E outra, além de contribuir para a sua aprovação, as atividades que devem constar no seu currículo contribuem diretamente para construir e aprimorar o seu conhecimento, uma vez que é exigido que o médico se mantenha atualizado, pois a medicina é dinâmica.
É preciso salientar ainda que a escolha pela instituição de ensino também influencia na avaliação curricular para a prova de residência.
Em algumas provas a classificação da instituição no ENADE também soma pontos, assim como a duração do internato e o desempenho durante a graduação.
Conclusão
A avaliação curricular para a prova de residência é importante para a sua aprovação, equivalendo a 10% da nota final.
Existem algumas atividades específicas para algumas especialidades, mas de modo geral se destacam a participação em projetos de extensão, projetos de pesquisa e a produção científica.
Além disso, começar a pensar na residência e montar o currículo ao longo da faculdade de medicina são grandes diferenciais para quem quer ser aprovado na prova de residência.
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